Os filmes da minha vida

Acho que não teria lógica fazer "as músicas da minha vida" e não pôr os filmes também, até porque os Coppolas (a Sophia e o Francis), o Burton e o Lynch entre outros, que são leitores assíduos deste blog, vão agradecer a publicidade aos seus filmes.

Para primeiro escolhi o grande, o inigualável, a obra-prima, o supra-sumo dos filmes de vampiros e uma das mais belas histórias de amor do cinema (isso mesmo adivinharam), "Drácula de Bram Stoker" de Francis Ford Coppola (hello Francis are you ok?call me).
Desde o elenco com Gary Oldman e Anthony Hopkins, passando pela fotografia, até à própria história, este filme é arrebatador.

Para quem nunca viu, ou não se lembra, ou simplesmente quer apontar alguns erros que eu possa cometer, aqui vai um resumo da história.

Era uma vez um conde e uma condessa que viviam nos montes cárpatos no seu belo castelo, mas eram tempos complicados e o conde tinham que sair várias vezes para empalar alguns turcos e otomanos que simplesmente não deixavam o conde em paz.
Um belo dia, o conde teve que sair para empalar mais uns, mas demorou mais tempo do que era normal e os turcos (gajos matreiros), mandaram uma mensagem para o castelo, a avisar a condessa que o conde tinha morrido. A senhora, ao ver que tinha que passar a gerir um castelo inteiro sozinha e que o seu grande amor tinha morrido, não vai de modas, atirou-se de cabeça na primeira ravina que encontrou (e olhem que lá há muitas ravinas). O conde chega a casa depois de mais uma sessão de empalanço/empalamento/empalagem (whatever) e dá com a garina dele espetada nuns calhaus algures nos cárpatos e também não foi de modas, fez aquilo que qualquer pessoa normal faria, renegou a sua fé em deus e vendeu a alma à primeira divindade maligna que encontrou. Mas como todos sabemos, isto de vender almas têm sempre um senão (senão seria "dar" a alma ao diabo), então o conde ficou amaldiçoado e a partir desse dia só se podia alimentar bebendo sangue (cool!).
Os anos passaram e o conde que agora era imortal vendo que a Roménia estava a ficar um país limitado para a sua ambição, resolveu fazer aquilo que muitos compatriotas seus ainda hoje fazem, emigrar para Oeste, mas em vez de Portugal este conde romeno escolheu Inglaterra (chamem-lhe burro) . E se bem o pensou, melhor o fez, contratou uma firma de advogados para tratar da compra de algumas propriedades em Londres, mas isto de advogados tem muito que se lhe diga. Ora vejam, o primeiro que foi à transilvânia tratar do caso do conde, ficou maluco e até lhe deu para começar a comer insectos e passarinhos e até já queria um gatinho (gosto muito da expressão: yes, master a kitten, a kitten), o segundo que era um tolinho teve o azar de ter uma noiva que tinha exactamente a mesma fronha que a falecida do conde, ora um vampiro não é de ferro e a carne é fraca, lá foi o pobre do conde apaixonar-se outra vez (cromo!). E que fez ele??Deixou o tolinho no castelo com 3 vampiras ninfomaníacas (oh yeah) e foi pra Londres bater couro à reencarnação da falecida.
Uma vez em Londres, ainda antes de morder o pescoço à mulher do outro, tranformou uma amiga dela em vampira, mas que não chegou a ver os créditos finais do filme porque morreu entretanto.
Ora os ingleses, que têm uma política de Imigração muito rigorosa e não curtem que pessoal de outros países ande por aí levar as suas donzelas para maus caminhos, ligaram a um médico holandês que tinha umas teorias malucas para ajudá-los a dar cabo do nosso conde. Este por sua vez é cromo mas não é burro e resolveu voltar para casa (eu não disse que ele não se devia ter apaixonado), mas o raio dos ingleses foi atrás dele naquela que é uma das maiores perseguições de sempre (de Inglaterra à Roménia), ora barco por aqui, ora comboio por ali, ora carroça por acoli, chegaram todos ao castelo ao mesmo tempo e houve um arraial de porrada entre os ingleses e os ciganos que trabalhavam para o conde e que em part-time tinham um grupo musical denominado gipsy kings (ou não!).
Resumindo o final do resumo, o conde morreu (damn!), os ingleses sobreviventes voltaram aos seus chás das 5, o tolinho casou com a encarnação da falecida, o médico holandês voltou para as suas brocas em Amsterdão e os gipsy kings ainda hoje são reconhecidos (ou não!!).